📌 Pergunta: “O que é essa tal de Dignidade que você tanto fala, Fernando?”
🎙 Resposta de Fernando:
Bem…
Tem dia em que tudo parece ruir.
Mas mesmo assim, você ainda vale.
Mesmo quando a vida é cova, você é flor.
Se hoje só deu pra existir — já foi bastante.
Tem gente que nem isso consegue mais.
No fundo, dignidade é isso: vida que não se vende. Presença que não se explica. É aceitar, reconhecer, reverenciar o pacto sagrado do ser quem se é, mesmo em aparente ruína.
Dignidade não é um prêmio, é um ponto de partida.
É se tratar com justiça — e isso não tem nada a ver com perfeição.
O que é justiça, afinal?
É dar o que é devido, a quem merece.
E você merece o seu melhor.
Mas não um “melhor de revista”, nem um “melhor impossível”.
Mas um melhor real, justo. ( e não só o $1 real também)
Do tipo que você pode sustentar hoje, sem se trair, sem se humilhar, sem ter que se abandonar pelo caminho.
Ser digno é fazer um compromisso consigo:
“Hoje, eu dou o que posso.
E me recuso a me violentar por expectativas alheias.”
A vida… ela pede evolução.
Mas ela não traz ferramentas — traz habilidades.
Você vai descobrindo enquanto anda. É tropeçando que se aprende a dançar.
A vida, às vezes, cobra mais do que entega — mas dignidade é saber que você não veio ao mundo pra pagar a dívida de ninguém. Nem pra viver aquém do seu próprio valor.
Nunca permita, ou mesmo aceite, que se relacione o termo “Defeito” a qualquer humano, quem tem defeito é máquina, coisa material — a vida, o Ser Humano em essência é perfeito, menos que isso é mentira.
E às vezes, a vida te propõe uma travessia.
Aquela hora escura… onde até tua sombra parece te abandonar.
Carl — aquele velho sábio — já dizia:
“Se quer tocar o céu, primeiro enfrente tua escuridão.”
Então vá.
Mas vá com tua centelha acesa. ⚡
Nada tem poder de romper esse pacto sagrado de você com você mesma.
Nada — a não ser que passe por tua guarda.
Por isso: esteja atenta. Sempre.
A trapaça, a traição, o veneno do desânimo…
eles vêm disfarçados.
Mas você precisa saber, as vezes pessoas de nosso convívio, dizem por si, traz sua história, nem tudo é maldade.
Você sente.
E no dia da travessia mesmo — o inevitável,
Quem você vai encontrar? Quem conta a tua própria história?
E pode ser que se pergunte:
“Quem caminhou por mim?
Eu me honrei?”
Se a resposta for “sim”…
Então haverá orgulho.
Silencioso, talvez. Mas real.
E se lembra de Perséfone?
A flor que desceu ao submundo, ela também retorna em todas as primaveras.
🌿 Dignidade é isso:
não esquecer o que se é, mesmo no escuro.
Mesmo sob a terra.
Mesmo só.

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